"E isso é passado. Quando o sol se põe à tarde, quem poderá chamá-lo de volta para viver o mesmo dia novamente? Não existe retorno; nenhum momento pode ser recuperado. Afaste seu coração para longe do que se foi." Mahabharata
Referência:
Caminhando por uma pequena vereda fria com o vento da montanha soprando em latitude temperada. Solitário, pensativo, recordando das falas dos boçais que preparam armadilhas sucessivas para o povo que procura no máximo um emprego miserável, semiescravidão com as reformas das leis trabalhistas que deixarão o miserável mais vulnerável e o capitalista com mais mecanismos para acumução. Caminhando com o pensamento em América Latina, unidade latinoamericana, alucinações, angústias e um sol tropical. Caminhando por uma vereda trilhada por Belchior, cujos passos ficaram no passado.
Viva Belchior! Belchior, que não se adaptou à engrenagem da grande mídia - representada por grandes empresas cujo objetivo principal é a exacerbação dos processos de acumulação do capital e que trava uma guerra contra a democracia, atacando o direito da maioria da população, apoiando a desnacionalização da economia e a transferência da riqueza do país para os capitalistas internacionais através de corruptos contumazes - deu uma lição de vida com o seu silêncio dos últimos anos. Como homenagem a este grande poeta, que não se deixou seduzir pela facilidade da adaptação ao sistema, deixamos a sua reflexão sobre os 500 anos da chegada dos europeus ao continente americano. Uma questão de injustiça que quando pensamos que está sendo solucionada, vem a covardia e a traição para regredirmos décadas de humildes avanços. Então: Quinhentos anos de que?
"Eram três as caravelas que chegaram d`alem mar. e a terra chamou-se América por ventura? por azar?
Viva Belchior! Belchior, que não se adaptou à engrenagem da grande mídia - representada por grandes empresas cujo objetivo principal é a exacerbação dos processos de acumulação do capital e que trava uma guerra contra a democracia, atacando o direito da maioria da população, apoiando a desnacionalização da economia e a transferência da riqueza do país para os capitalistas internacionais através de corruptos contumazes - deu uma lição de vida com o seu silêncio dos últimos anos. Como homenagem a este grande poeta, que não se deixou seduzir pela facilidade da adaptação ao sistema, deixamos a sua reflexão sobre os 500 anos da chegada dos europeus ao continente americano. Uma questão de injustiça que quando pensamos que está sendo solucionada, vem a covardia e a traição para regredirmos décadas de humildes avanços. Então: Quinhentos anos de que?
"Eram três as caravelas que chegaram d`alem mar. e a terra chamou-se América por ventura? por azar?
Não sabia o
que fazia, não, D. Cristóvão, capitão. Trazia, em vão, Cristo em seu nome e, em
nome d`Ele, o canhão.
Pois vindo
a mando do Senhor e de outros reis que, juntos, reinam mais... bombas, velas
não são asas brancas da pomba da paz.
Eram só
três caravelas... e valeram mais que um mar. Quanto aos índios que mataram...
ah! ninguém pôde contar.
Quando
esses homem fizeram o mundo novo e bem maior por onde andavam nossos deuses com
seus Andes, seu condor ?
Que tal a
civilização cristã e ocidental... Deploro essa herança na língua que me deram
eles, afinal.
Diz,
América que és nossa só porque hoje assim se crê. Há motivos para festa? Quinhentos
anos de que?"
Referência:
[1] A citação inicial é da obra Mahabharata, na versão de Ramesh Menon. Nela, a deusa Ganga fala para o príncipe Shantanu: "And that is past. When the sun sets on one day, who can call him back so you can live the same day again? There is no returning; not a moment may we retrieve. Turn your heart away from what is over".
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